segunda-feira, 7 de novembro de 2011

XIII Volta Internacional da Pampulha



"O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos."

1999 foi um ano particularmente difícil para o hoje destemido autor deste blog. Naquele século, eu pesava 90,5kg e minha barriga mais 8kg (o que dava um total de 98,5kg!).
No final daquele ano, fui parar no hospital com fortes dores na coluna. Após algumas semanas de tratamento e uma bronca feia do médico (Dr. Antônio Carlos, grande amigo com quem há muito não tenho contato - e que, praticamente, mudou o rumo da minha vida), passei a rever meus hábitos.

Comecei fazendo regime (eu nunca tinha - sequer - pensado nesta possibilidade!) e caminhadas diárias de 700 metros.
Não era nada fácil, mas eu estava me recuperando bem, e passei até a gostar das caminhadas na orla da lagoa.
Naquele tempo, corridas de rua eram raridade por aqui, de forma que a Primeira Volta Internacional da Pampulha, que seria realizada no final daquele ano, iria ser (como de fato foi) um grande acontecimento, com propagandas sendo veiculadas na TV o tempo todo.

Na sexta-feira que antecedeu a prova, eu estava tranquilamente fazendo minha caminhada de manhã, quando vi passar correndo do outro lado da rua, uma moça com short e camiseta da mesma cor que havia visto nas propagandas da TV.
Meu regime e meu "treinamento caminhatório" já datavam de mais de um mês, e eu me achava na melhor forma do mundo. Assim, foi natural o pensamento que me ocorreu: "caminhar é para os fracos; eu vou é correr!" E saí em disparada atrás da Dona.

É vergonhoso dizer que eu mal consegui aguentar uns 100 metros antes de parar com total falta de ar. Meus pulmões ardiam como se houvessem ingerido brasa. Minhas pernas estavam tão bambas que eu tive que me sentar no chão.
Lembro que um casal de velhinhos que eu cumprimentava diariamente, parou diante mim. O Senhor com ar muito preocupado perguntou se eu precisava de socorro (a mulher dele perguntou se eu havia sido assaltado!).

Não sei dizer quanto tempo fiquei ali sentado no meio-fio, a cabeça tombada entre as pernas.
Voltei pra casa com depressão nível 5 e naquele dia cheguei atrasado ao serviço.

No domingo, assisti a corrida pela TV pensando no que levaria um ser humano a maltratar seu corpo daquela forma. Qual seria a razão de tanto sofrimento? E COMO aquela gente aguentava correr tanto tempo sem parar?

Passada a corrida, ainda fiquei alguns meses só caminhando, mas havia uma vontadezinha batendo dentro da minha cabeça, alguma coisa falando que eu deveria tentar fazer aquilo.
Um dia tomei coragem e fui correr de novo. Olhei antes para saber se não havia por perto ninguém que eu conhecesse e saí em disparada.
Novamente: fracasso total! Não consegui percorrer nem 200 metros e fui direto para meu banquinho no meio-fio, o coração querendo sair pela boca.

Na semana seguinte, nova tentativa.
E na outra; e na outra.
Até que um dia eu consegui correr 1kilometro inteiro sem parar.
Que maratona oquÊ! Aquilo sim, foi uma vitória!

Eu VENCI!
Só havia uma frase na minha cabeça: "se eu consegui emagrecer e correr 1km sem morrer, eu posso fazer qualquer coisa nesta minha vida".

Acredite ou não, minha vida melhorou muito deste aquele ano.

6 comentários:

Carlos Henrique Diniz Ferreira disse...

Poxa! Muito bacana! Não conhecia a história do seu inicio nas corridas... bacana mesmo.
A força de vontade unida ao esporte nos ajuda a fazer o achamos não ser possível. Pra mim, essa é a maior lição que o esporte nos deixa: determinação.

Germínio disse...

Sempre em frente, Antonio Horta! O sucesso tem como fonte principal a firme decisão de vencer!

tia Rita disse...

esse meu sobrinho e afilhado é d++++ gente....uma garra e determinação invejável!!!! parabéns sempre...
bjim...
dinda

Anônimo disse...

oi Toninho,depois dessa, faça sol ou chuva, seguirei m/ andanças.. parabens muitos e felicidades mil abçs..... sua amada mãe....

Eneida Freire disse...

Sempre acreditei em você!
A gente consegue tudo o que a gente quer com determinação e dedicação!
Beijo!

railer disse...

isso aí toninho, a prática constante leva a gente longe.
abraços!