domingo, 22 de abril de 2012

Correndo com grandes Amigos



Dizem que quando mais precisamos de férias é justamente quando acabamos de voltar delas.
Comprovei isto na volta de Piúma Inesquecível (leia no post anterior). As últimas semanas estão sendo cheias de atividade, mas o vovô aqui está conseguindo levar numa boa.
Tenho treinado forte (digo, "forte" para os meus padrões, claro), correndo na esteira da academia maldita três vezes na semana e fazendo treinos longos aos domingos.
No domingo de páscoa acordei mega-cedo e corri 22km sem muito sofrimento. Como era páscoa, fiquei com a família o dia todo, e não deu para contar aqui no blog como foi.
A segunda-feira seguinte marcou meu retorno ao trabalho (só o de BH e da Construtora, pq com a turma de SP eu não parei: trabalhei com eles lá de Piúma mesmo).
A semana passou devagar e, na sexta-feira, fui jantar com a esposa e o filhote num restaurante italiano chamado Villa Celimontana. Eu já conhecia os donos de lá, um casal de italianos com conversa agradável e sotaque fortíssimo.
A Cris (dona do lugar) sugeriu os pratos (o marido dela é o Chef do restaurante. O cara cozinha pra caramba!!!) e nós adoramos. Um detalhe que vale registrar é que, por volta das 22:30hs minha filha - que estava no cursinho - ligou para a Eneida perguntando onde estávamos e dizendo que ela e o namorado queriam sair com a gente.
Ao término da ligação a Eneida virou pra mim e disse: "que legal eles, que estão no auge da adolescência, quererem sair conosco, né Beim?". É mesmo.
A noite foi ótima.
No sábado saímos com o Ricardo, padrinho do Rafa. Ele está lendo o livro "Nascido para correr" (que eu vou comprar daqui a pouco, assim que a livraria abrir) e recomendou a leitura mil vezes. Combinamos de correr juntos no domingo.
Eu havia pensado em fazer 20km, mas achei que seria bom correr com o Ricardo (ele corre até 10km, mas faz isto de forma muito, muito rápida).
Aquele foi um dos treinos que ficarão gravados na memória. O Ricardo treina numa academia legal, com treinador, técnica de corrida e tudo o mais. Eu sempre achei isto frescurinha, mas mudei de opinião quando ele, durante a corrida, foi me dando dicas e contando como é o treinamento dele.
Corremos 10km em pouco menos de uma hora. Vez ou outra ele me orientava, ou me pedia para passar o próximo km concentrado em minha passada, ou no movimento dos braços. Como não estávamos ofegantes, conversamos ocasionalmente, sobre amenidades.
No final do treino, nos encontramos com Lucimar, a esposa dele e madrinha do Rafa. Tomamos água, conversamos um pouco, e então o Ricardo me convidou para caminhar com ele por 800m. Sem Tênis. (você leu direito: descalço, sem tênis! Sem meia! Sem nada! É quase como andar pelado)
E lá fomos nós: os "sem-tênis". Caminhamos por 1km enquanto conversávamos. Desta vez, falamos sobre assuntos sérios, sobre nossos filhos (as filhas dele têm a mesma idade que os meus), sobre nossos medos. Me senti leve.
Ricardo é um dos melhores amigos que tenho. Nossas vidas se cruzaram por acaso, e é incrível como nos damos bem, como pensamos igual, como temos praticamente as mesmas opiniões sobre as coisas.

Na semana passada, fiz três treinos de 10km na esteira. Hoje cedo fui correr com o Carlos.
O Carlos já mudou de nível, passando para a elite-semi-profissional-das-corridas-de-rua. O cara agora é um animal pra correr.
Na sexta, ele havia me mandado um e-mail chamando para fazermos um longão juntos. Eu respondi que adoraria ir, mas meu ritmo era lento demais. Como ele falou que não se importava, ficou o treino marcado. Ontem almoçamos todos lá em casa (a Eneida fez uma farofa que você nem acredita! Sucesso!) e combinamos como seria o treino de hoje.
Pontualmente às 7 da manhã ele passou lá em casa (é meu chapa! Eu fui treinar de motorista particular! 0800!). Para não ser deselegante (e também visando garantir a carona na volta), levei uma toalha para não contaminar o carro do Carlos.
Levamos duas horas e 43 minutos para percorrer 25km. No quinto km uma surpresa desagradável: fui desviar de uma dona que parou no meio do passeio e, ao pisar na grama, torci o pé. Ficou doendo, mas eu não parei. Notei que apareceu um galo (algo como a metade de um pequeno ovo de codorna) acima do tornozelo, e aquilo ficou incomodando. Eu tentei me concentrar ao máximo na corrida e, perto do décimo km eu já não sentia dor.
Para minha grata surpresa, cheguei muito, muito inteiro.
Carlos me deixou em casa, tomei um banho de meia hora e saí pra almoçar com a família.
Agora estou no Shopping Diamond (graças a Deus havia uma poltrona vaga aqui!). Ops, já passa das duas da tarde. A livraria já deve estar aberta. Deixe-me ir, que quero comprar o livro de que o Ricardo falou.
Boa semana pra você, amigo leitor!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Iriri


Depois de ver o número de leitores aqui do blog cair vertiginosamente de dez para um (eu mesmo!), finalmente decidi fazer alguma coisa, tomar uma atitude para reverter a situação.
E é o que vou fazer agora!

O blog não é pra ser sobre corrida? Hein? Hein?
A ideia não era registrar e documentar meus treinos no caminho para a primeira (e talvez única) maratona? Hein? Hein?
Então é agora!
Chega de falar sobre viagem! Nada de falar sobre filmes - coisa de que eu nada entendo (não que eu entenda alguma coisa de corrida, né?)
Agora basta!
Este texto será sobre corrida.
Quer ver? (ah, você não quer, né? Pô, mas fica ai e continue lendo! Preciso de seu apoio, caro leitor)

Ontem, recebemos a visita do amigo atleta Carlos Henrique, que veio com seus pais passar o dia aqui conosco. "Seu" Henrique, o pai do Carlos, é pessoa boníssima, de conversa super agradável e com astral incrível!
Ficamos na praia a manhã toda. Nadamos, comemos camarão (delicioso!) e conversamos bastante. Depois, viemos aqui pra casa e Dona Carmem (a mãe do meu amigo atleta) ajudou minha mãe a preparar o almoço.
Saí com o Carlos pra comprar refrigerantes e ele me perguntou como estavam as férias e se o povo do serviço estava me dando folga.
Êta boca essa do Carlos! Foi só eu responder que ninguém havia me incomodado e o telefone tocou!
Putz!
Era meu patrão dizendo que havia algo errado com o módulo de compras do ERP.

Mas eu disse que ia falar sobre corrida, então vamos lá:
O Carlos confirmou que a grande aventura de corrermos juntos até Marataízes não iria rolar porque o acostamento da estrada havia sido totalmente tomado pelo mato.
Sendo assim, fui dormir pensando em correr hoje pela orla aqui de Piúma mesmo, dando duas ou três voltas na praia até fazer um "longão". Mas ficar passando pelos mesmos lugares seria chato pra caramba (não sei como a Yeda consegue treinar numa pista de atletismo. Ela é maluca. É sim.).
Pouco antes de dormir tive o insight! Nada estaria perdido. Vovô aqui iria protagonizar uma aventura solitária! Eu iria correr de Piúma inesquecível até Irirí, um pequeno vilarejo distante uns 9km daqui. Apesar do adiantado da hora, liguei pra Eneida e contei do novo plano. Eu até esperava ouvir um "pito", mas ela apoiou a ideia. Já passava das 11 da noite e, visando manter a amizade, achei melhor não ligar para o Carlos (eu adoraria que ele fosse comigo).
Levantei bem cedo (aliás, foi a Eneida quem me acordou. Eu havia falado pra ela que sairia as 6:30 da manhã, então ela ligou pra desejar boa sorte), mas entre tomar café (minha mãe faz café todos os dias aqui. A casa toda fica com o aroma do café dela. Delícia!), passar bloqueador, conversar com meu pai, trocar de roupa e calcar o tênis acabei levando muito tempo, e só fui sair as 8 horas.
O sol estava forte e o percurso é muito difícil. Entre Piúma e Iriri há um morro enorme e, como você sabe, eu não sou exatamente famoso pela facilidade com que consigo correr nas subidas.
A parte boa de correr em Piumex é que eu já saio de casa correndo! É muito legal.
Liguei o relógio e sai trotando devagarinho. No segundo quilômetro o suor começou a brotar da testa. Segui firme, olhando sempre para o mar. Ao contrário da tarde, pela manhã não há vento na praia, e a sensação de calor é maior.
Depois de três quilômetros saí da orla e corri pelo centro da pequena Piúma. A essa altura, por incrível que pareça, eu já me sentia muito cansado. Corria devagar, mas a sensação de cansaço era grande.
Atravessei a ponte que limita a cidade (limitava, pois hoje a cidade cresceu para além da ponte e estabelecimentos comerciais nasceram à beira da estrada) e rumei para o "grande morro".
Aqui em Piúma não estou ouvindo música quando corro. E não está me fazendo falta. Mas, não sei se é por isto ou não, me sinto meio fraco, meio mole. Tenho que correr devagar e, mesmo assim, fico me sentindo cansado.
Mas isto é só no corpo. A cabeça corre solta e leve. À certa altura, olhei pra minha camisa e percebi que estava encharcada de suor. Fiquei desanimado (não tinha corrido nem 5km! O que estaria havendo comigo?), mas segui em frente.
Alguns metros à frente, avistei uma oficina mecânica onde um cara estava lavando a calçada. Pedi a ele para beber água e vi que ele ficou feliz em me ajudar. Bebi um pouco e joguei água sobre a cabeça e no rosto. Foi revigorante!
Caro leitor, se você não corre, deveria experimentar um dia! É incrível como conseguimos ficar tão felizes apenas ao beber água de torneira e tomar banho de mangueira bem no meio de uma estrada que liga o nada ao coisa nenhuma!
Mas acredite em mim: é das melhores coisas da vida de um corredor (ou "aspira"!)!
O que foi??? ficou com nojinho, senhor zero-dois??? Experimenta! Sei que, escrevendo assim, não parece grande coisa. Mas garanto que você vai gostar.

O certo é que a água foi revigorante! A parada não durou nem um minuto. Agradeci ao senhor da oficina e segui meu caminho rumo ao "grande morro".
E então ele chegou.
O primeiro morro é algo que a gente não esquece facilmente (deve ser como o primeiro sutiã para as mulheres. Eu acho). Como ato instintivo, meu corpo se inclinou pra frente (nem sei se é assim que o manual do corredor manda fazer na subida), tentei me concentrar olhando fixo para um ponto lá em cima e mandei ver!
Eu nem senti (mentira! Senti sim! Senti muuuuito!) e quando dei por mim, já estava virando na curva em cima do morro. Saí da estrada e peguei uma estradinha secundária e sinuosa. Foi uma descida suave de menos de dois km e finalmente cheguei à praia de Iriri.
Iriri não é nada inesquecível. É uma praia pequena e deserta, apesar de muito bonita.
Quase todos os quiosques estavam fechados e eu só vi uma pessoa na praia inteira. Continuei correndo até chegar ao quiosque que estava no meio da orla. Quando finalmente cheguei lá, desabei no banco de cimento e nem sei quanto tempo fiquei na mesma posição. Havia sombra e um vento gostoso soprava no meu rosto banhado de suor.
Depois que o corpo esfriou, notei com pesar que meus joelhos (especialmente o direito, que foi atingido no acidente do carnaval) estavam doendo muito.
Tirei o tênis, a cinta do relógio, a blusa e o short (fique calmo! Eu estava de sunga por baixo. Mané!) e fui para a água. E ai descobri outra diferença entre Iriri e Piúma inesquecível: o mar de Iriri é frio. É MUITO frio!
De dentro da água pude ver que havia um único quiosque aberto no final da praia. Saí do mar, peguei as coisas e fui caminhando na areia branca até lá.
Havia apenas um homem bebendo cerveja (as 9 e meia da manhã!) e o dono do quiosque. Eu pedi um côco e uma coca-zero e me sentei pra descansar e apreciar a vista.
Foi "o descanso do guerreiro" (meus filhos vão morrer de rir se lerem isto! Eles sabem a que me refiro!). Bebi a água, pedi ao senhor do bar que abrisse o côco e comi tudinho!
Saboreei a coca-zero (a melhor entre todas as grandes bebidas do mundo) e fiquei curtindo enquanto um senhor com dois netinhos (eles o chamavam de vô) chegou à praia.
Depois de algum tempo, um casal passou caminhando por mim de mãos dadas. Percebi que o vilarejo estava "acordando", e que era hora de voltar pra casa.
O caminho de volta foi mais tranquilo (também pudera! Descer é fácil!), ao menos até a metade.
Quando cheguei no final da estrada, perto da ponte, voltei a suar bastante. O sol estava muito forte e os joelhos continuavam doendo. Felizmente vi uma moça lavando um carro. Eu nem precisei pedir, ela viu meu sofrimento e me estendeu a mangueira d´água. Uma vez mais, cumpri o velho ritual: bebi alguns goles, tomei o tradicional banho, agradeci e voltei a correr.
Assim que cheguei à orla de Piúma, o cansaço voltou com força. Senti que a bolha que havia se formado no meu dedo (descobri a danada quando tirei o tênis lá em Iriri) estava incomodando. Os joelhos também.
Mas o vovô aqui não desistira facilmente. Não sem lutar bastante. E sabe o que manteve minha motivação? Foi você mesmo. É, você mesmo, caro leitor!
Pensei no blog, pensei na Tia Rita (madrinha que eu mesmo escolhi para minha aventura maratônica!) e vi que era importante pra mim concluir aquele percurso (acredite: até hoje eu nunca interrompi um treino no meio. Já caminhei algumas vezes, já parei pra descansar. Mas sempre voltava a correr - ou me arrastar - até chegar no final).
Firmei o pensamento e passei a olhar para as pessoas na praia. Diminui o ritmo, mas mantive o passo firme. Perto do final, a dor nos joelhos diminuiu misteriosamente, mas o cansaço ainda me acompanhava de perto.

E eu consegui! Cheguei em casa - correndo! Totalmente molhado de suor, mas feliz da vida! Eram 10 e vinte da manhã.
Tomei uma ducha longa e fria do lado de fora da casa, e depois me deitei na mureta da varanda. Fiquei lá um tempão, deitado e conversando com minha mãe, tentando explicar quão gostosa havia sido a "loucura" que acabara de fazer.
Só depois de muito tempo é que fui olhar no garmim qual a distância eu havia percorrido. Foram míseros 15km (nem perto dos 42km da maratona! Eu tô ferrado!), mas não importa. Eu consegui ir e voltar! Corri na praia, corri na estrada, corri no morro que nunca acaba (ô sufoco, o tal do morro!). E vivi para lhe contar a história.

Refeito, descansado e devidamente hidratado com mais de meio litro de coca-zero (água é para os fracos!), chamei meus pais e fomos para a praia, onde comemoramos o treino comendo um "Peroá", peixe muito comum no Espírito Santo. Delicioso!

Agora vou parar por aqui e curtir a rede em que estou deitado. Afinal, eu estou de FÉRIAS!!! UHU!!!
Olha a pose do Mané depois do treino. Nem parece que o joelho vai desabar a qq momento!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Luz da minha vida


Iza,

Você não sabe o quanto preciso de você (talvez nunca venha a saber).
Rezo para que Deus faça brilhar, cada vez mais, a sua Luz.

Parabéns, Filha.
Beijo do seu velho e carrancudo,

Papai Toninho.

Agora dorme com Deus, filha.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Antes de partir


Este é o primeiro post que faço ANTES do treino do dia, então não sei ao certo o que escreverei aqui, mas acho que será diferente do que tenho feito.
O texto é para Eneida.
Oh, claro, estou escrevendo num blog - e blogs são para quem os quiser ler. Mas o que quero dizer é que estou escrevendo pensando nela.
Obviamente seria mais fácil (e bem mais privado também) mandar um e-mail. Mas não conseguiria ...
Deixa pra lá.

Fiquei emotivo porque acabei de assistir The Bucket List ("Antes de Partir", título em português). Eu sempre choro no fim dos filmes (assisti Titanic quatro vezes. Chorei nas quatro) e desta vez não está sendo diferente.
Daqui a pouco sairei para o treino de hoje: 10km no sol de 17 horas. Me deseje sorte.
Entretanto, como ainda não corri, não posso dizer como foi (lógico, né!). Então, como não posso hoje falar sobre corrida, falarei sobre o filme.
Mesmo não sendo este um blog sobre cinema - e mesmo não sendo eu a pessoa adequada para comentar sobre filmes, tomarei a liberdade de indicar um: se você não assistiu, pegue numa locadora (ainda existe isto?), baixe da Internet... sei lá. Dê seu jeito, mas assista "Antes de Partir". Vale muito a pena.
E quer outra dica?     Tá bem, você não quer, né? Mas vou lhe dar assim mesmo: se conseguir, tente ver com as legendas em Inglês (ou sem legendas, se puder). É que a tradução em alguns pontos muda ou pouquinho o sentido das falas (ao menos na versão que eu peguei).
Se você for humano (como penso que é - pois, de outra forma, não conseguiria ler este texto) irá chorar no final. Mas isto faz parte. Vá lá! Pegue o filme e assista. Assista HOJE.
Anda logo!

Não contarei a história para não ser spoiler. Mas transcrevo abaixo a sinopse a que tive acesso:
"Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Submetido a um tratamento experimental para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é internado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Edward deseja ter um quarto só para si mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido pois isto afetaria a imagem de seus negócios. Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter, que decide escrever a "lista da bota", algo que seu professor de filosofia na faculdade passou como trabalho muitas décadas atrás. A lista consiste em desejos que Carter deseja realizar antes de morrer. Ao tomar conhecimento dela Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida."

O filme não tem nada de corrida nem de maratona. Mas nos faz pensar sobre o que é realmente importante. Nossa família (é ai que entra a Eneida), esposa, filhos, amigos...

Dos meus dez leitores, oito me conhecem pessoalmente e sabem que meu gosto é bastante... duvidoso. Se você pertence à minoria que não teve o (des)prazer de conversar comigo ao vivo, devo avisá-lo que eu consigo gostar igualmente do Rappa e da Adele. Não entendeu? Veja: eu gosto até de uma música (tudo bem, é UMA só!) da banda Calypso!
Então esteja avisado de que existe uma chance de eu estar exagerando ao falar tão bem do filme. Talvez a crítica não ache o enredo assim tão legal quando eu o descrevi (não vi o que a crítica falou do filme. Ele foi feito em 2007, eu acho).
Mas eu insisto muito para que você veja o filme. Não será perda de tempo, disso tenho certeza.

Agora são 22 horas. Não consegui publicar o texto antes por falta de conexão com a Internet. Isto não é de todo ruim, porque posso lhe dizer que corri 6,5km hoje à noite. O plano era fazer 10km, mas como já estava escuro quando sai, só pude percorrer o caminho que estava iluminado.
Cara, a lua estava fantástica! Sabe aquela cena dos filmes em que o brilho prateado bate no mar e deixa um brilho?  Pois é, não estava bem assim, mas estava bonito pra caramba!
Depois da corrida, voltei pra casa, tomei um banho rápido e fui para uma lan-house (aqui elas existem aos montes!) para fazer a reunião com São Paulo.
Quando voltei, achei o lanchinho da mamãe pronto, só me esperando!!! Ô vida mais ou menos!!!
Amanhã irei me encontrar com o Carlos, parceirão na empreitada da Maratona do Rio. Por telefone ele me deu uma notícia não muito boa: não poderemos correr de Piúma a Marataízes (uns 22 ou 25km) como havíamos planejado porque ele descobriu que a estrada é estreita demais.
O Carlos também viajou com os pais dele. Eles estão em uma praia aqui perto e amanhã nos encontraremos todos aqui em Piúma inesquecível.
Depois eu lhe conto como foi.
Vou me despedindo aqui porque ainda vou assistir outro filme antes de dormir.
Boa Noite pra você!

domingo, 1 de abril de 2012

Piumex!


Você que me tem me acompanhado lendo o registro de meus treinamentos rumo à maratona do Rio, já se acostumou com minhas lamentações sobre a vida corrida que levo.
Mas como o escritorzinho aqui está longe de ser de ferro, não me contentei em tirar apenas uma tarde de folga (leia no post anterior). Resolvi parar por uma semana inteira e viajar com meus pais.

Neste exato momento, estou confortavelmente instalado numa rede na varanda da casa da praia. Para você ter uma noção de como a vida está mansa, basta dizer que o maior esforço que estou fazendo é abrir os braços para espreguiçar!
A única parte ruim é não poder ter trazido a esposa e os filhos (alguém tem que trabalhar na família!), mas eu estava realmente precisando descansar.

Eu sei que o blog existe para registrar meus treinamentos, mas se você permitir, vou falando aqui também de como estou administrando a cabeça (a cada vez que tenho que matar um treino para resolver problema, meu nível de stress aumenta uns 20%) e o tempo, para tentar não "pirar" até o dia da grande corrida.
A história do granito aliada ao já conturbado dia-a-dia, me deixou esgotado. Esta pausa ajudará muito a fazer o ritmo voltar ao normal.

Deixe-me agora lhe contar como foi a viagem:

Saí de casa às 10 da manhã de ontem e dirigi sozinho por 570km (meus pais vieram hoje, de avião). Eu adoro viajar de carro. Ver a paisagem, parar para lanchar, tudo isto me relaxa muito. Mesmo em uma estrada perigosa como a que liga MG ao ES.
Tão logo saí da cidade, coloquei um setlist de músicas que gravei especialmente para esta ocasião. Aumentei BASTANTE o volume do som (algo que só posso fazer quando estou sozinho, posto que os meninos não me deixam ouvir música alta no carro. No MEU CARRO!) e comecei a cantar acompanhando a Madona.
Puxa! Você devia ter ouvido minha interpretação de "Holiday"! Até a cantora Adele ficaria orgulhosa de mim! :)

Uma das paradas que fiz, já no Estado do Espírito Santo, foi num lugar chamado Café Teeiro. Eles plantam e colhem o café que vendem. O lugar é lindo, bucólico. Há muitas flores, um lago com carpas coloridas e uma varanda enorme. A beleza rústica do sítio e o ótimo atendimento dos donos cativam todos os que por lá param. Já pensando que eu escreveria sobre isto quando chegasse aqui, tirei algumas fotos.
Parada no Café Teeiro

Como você pode ver na segunda foto, o lugar fica no pé da serra, e aquele clima úmido da montanha é muito, muito gostoso. Dá vontade de ficar lá a vida toda. Eu já sabia que haviam uns banquinhos do lado de fora. Assim, comprei uma coca-zero e virei o carro para que eu pudesse sentar sem que me vissem lá de dentro (fiquei com vergonha) e me pus a saborear uns três pedaços da pizza que minha mãe fez para eu comer na viagem (você sabe como são as mães... Não importa o quanto cresçamos, elas sempre se preocuparão conosco! Ainda bem!).
Eu trouxe meu próprio lanche

Acabei de lanchar e segui viagem, a música sempre em alto volume. Um dos momentos altos do "show" foi quando cantei, junto com a Shakira, a versão que ela vez para "Nothing Else Matters"! Eu estava sensacional!!!
Começando a chover

Infelizmente, por volta das 5 da tarde, parei em um bloqueio na estrada devido a um grave acidente onde uma pessoa morreu e outra ficou muito ferida.
Acidente com vítima fatal

Acabei chegando no paraíso, digo, em Piúma, às 7 e meia da noite. Ajeitei as coisas (graças a Deus o caseiro havia limpado tudo aqui pra mim), tomei banho, lanchei o resto da pizza e me deitei na rede para dormir.
Apesar de cansado e com sono, não consegui pegar no sono. Minha vizinha viu que havia gente na casa e veio até aqui. Conversamos na varanda por mais de uma hora (fato RARÍSSIMO, porque quem me conhece sabe que não sou de conversar. Faço mais o estilo ogro-ermitão). Quero falar mais sobre isto, mas deixarei para o post de amanhã (se você aguentar, caro leitor).
Depois que ela se foi, liguei o iPad e assisti ao filme "Contágio". Fui dormir à meia noite e, pela primeira vez em muito tempo, dormi direto por 8 horas e meia.
Hoje de manhã tomei leite com tody e comi rosquinhas (mamãe é realmente insuperável!). Calcei o tênis e fui correr no paraíso, digo, na praia.
O paraíso é aqui!

Fiz 6km em 30 minutos para, ao final do rápido treino, partir logo para a parte que eu mais estava aguardando: tomar água de côco gelada na beira da praia!
Isso sim é que é vida!
Depois do Treino

Depois de estar devidamente hidratado, usei o timer da câmera para a sessão de fotos que fiz especialmente para o blog (eu realmente queria te fazer invejinha, leitor! hehe). Tirei as fotos e dei um mergulho. E esta foi a cereja do bolo: o mar daqui, normalmente frio, estava - simplesmente - MORNO! Delicioso!
Preparando para um mergulho no mar

Infelizmente o que é bom não durou muito. Tive que voltar pra casa e me preparar para buscar meus pais em Vitória. A viagem deles foi tranquila e já estamos todos em casa agora.

Sabe, eu não consigo entender porque ninguém lá em casa morre de amores por Piúma. Tudo bem: a casa é simples, a cidade está mais para um vilarejo, não há bons restaurantes e o shopping mais próximo dista "míseros" 100Km daqui!
Mas mesmo assim, quando eu chego na praia e vejo o mar calmo e a areia limpa, Ah!!! Minha irmã diz que sou ogro mesmo (ela odeia Piúma), e que tenho péssimo gosto...
Mas veja as fotos e me diga: Piumex é ou não é o paraíso?

Amanhã escreverei de novo. Se der, apareça por aqui novamente.
É Nóis!