quinta-feira, 29 de março de 2012

4.5


Morda-se de inveja, caro leitor!
Sim, caia duro aí no chão, resmungue o quanto quiser, mas hoje é meu dia!
Finalmente estou conseguindo escrever um post bem no meio de uma tarde ensolarada de TERÇA FEIRA!
Uhuuu!!! Que vida dura essa minha, não? Você aí ralando no trabalho e o bonitão aqui ó, só no bem-bom!
É que hoje meu pai tem oculista, então resolvi tirar a tarde de folga. Neste momento estamos aqui no consultório, aguardando a vez dele. Depois da consulta, vamos ao BHShopping fazer um lanchinho e comprar livros (meu pai já leu mais livros do que os quilômetros que eu já corri na vida. Herdei dele o gosto pela leitura de romances e o que sou devo a ele).

Bom, agora são 22 horas. Meu pai terá que fazer uma pequena cirurgia, mas é coisa simples.
Dando prosseguimento ao meu relato de folga (day-off para os moderninhos! Aliás não, estaria mais para um "half-day-off":) ), fomos ao Shopping, compramos livros e lanchamos. Foi uma tarde ótima! Conversamos muito, fizemos planos para a praia (falarei disto no próximo post) e acho que eles se divertiram tanto quanto eu me diverti.

Infelizmente (ou felizmente, sei lá!) não consegui terminar este texto ontem. Isto aliás, já está virando uma constante aqui no blog... Tenho que melhorar nesta parte, caso queira realmente manter meus 10 leitores!

Mas o que importa mesmo é deixar registrado aqui no blog que eu estou seguindo, na medida do possível, os conselhos (ao menos alguns deles) deixados pelo Carlos e pela Yeda em seus comentários. Um me disse que a maratona está chegando e que é para eu correr nos treinos até a língua pular fora da boca. A outra me mandou fazer musculação (cê tá de gozação, Capitã Nascimento?!?! :)  ) e contorcionismo circense - quer dizer, alongamento.
É claro que eles estão de brincadeira nesta parte (mandar um senhor de 40 e tantos anos fazer musculação é sacanagem... fala sério! Cadê o respeito aos idosos??? Cadê o estatuto da terceira idade???).
Excluindo-se as atividades extra-curriculares, na corrida eu até que estou indo bem. Consegui treinar forte na segunda e terça.
Até aqui, a semana está perfeita.
Hoje não teve treino porque comemoro meus 45 anos de vida! (vamos lá, meu filho! Cadê sua educação! Entre ai nos comentários e me dê logo os parabéns! Vamos!!! Eu até fiz o que o Railer pediu e retirei a maldita verificação ortográfica dos infernos!)

Diferentemente dos anos anteriores, onde minha alegria estava em preparar um churrasquinho aqui em casa para os amigos, neste ano a comemoração foi em forma de um jantar com a Eneida, El, Iza e o Pedro. Eles fizeram a torta salgada que eu ADORO, e como sobremesa, um bolo de cenoura com cobertura de chocolate, além do "sorvetão", receita em que a Iza é especialista. Foi incrível!
O chato é que só tivemos uma hora para comemorar, pois as festividades precisaram ser interrompidas às 21 horas, em virtude da conferência que eu tinha com o pessoal lá de São Paulo.
A festança aliás, teve início logo cedo, quando fui à casa dos meus pais e tomei o café da manhã com eles. Foi tudo de bom!

Agora a reunião acabou e, enquanto faço meus backups, estou aproveitando para finalizar este texto (senão, eu não o colocarei no ar nunca!)

Na semana que vem terei tempo para escrever todos os dias. Então, se você puder (e quiser!) entre aqui novamente. Postarei atualizações diárias no blog a partir de da noite de sábado.
Boa sexta-feira para você.
Que Deus me ilumine, me ampare e me guie no caminho do Bem. Ao menos por mais alguns anos...
Tenho uma ótima vida. Bem melhor do que eu merecia. E mesmo sem este merecimento, agradeço a Ele (será que Deus lê blogs???) por todos estes anos de vida junto àqueles a quem amo e que me ajudam a fazer de mim mesmo uma pessoa melhor.
É Nóis.

domingo, 25 de março de 2012

Futuro corredor-blogueiro



São cinco e meia da tarde de um domingo chuvoso e estou aqui, deitado com meu filhote enquanto a esposa, a filha e o Pedro fazem um bolo pra gente lanchar.
Estou um pouco apreensivo porque há uma grande possibilidade de que eu nem venha a provar este tal bolo. Isto porque há um problema na fábrica e estou de sobre-aviso, podendo ser chamado a qualquer momento para ajudar (hoje é dia de fechamento para a equipe comercial, e o salário deles ficará comprometido se o problema não for resolvido) a resolver a parada.

Mas como o blog não foi criado para eu ficar aqui reclamando do meu sofrimento trabalhístico, vou mudar de assunto antes que você pare de ler (ei, espera! volta aqui! Já estou mudando de assunto! Foi Mal!!!... Estes leitores de hoje em dia estão cada vez com menos paciência! Êta!) e registrar o andamento dos treinos para a maratona do Rio 2012.
O péssimo treino de domingo passado foi felizmente esquecido e a semana prosseguiu em bom ritmo. O vovô aqui resolveu voltar para a academia (é, tá bem, eu voltei sim - falei! Agora você já pode tirar este risinho sarcástico da cara!), nem tanto por ser este lugar maravilindo, com música de gosto refinado, vista incrível para as montanhas e excelente ambiente para correr. Mas principalmente por ser um lugar COBERTO, onde posso treinar sem medo de que um raio caia na minha cabeça.
Tem chovido toda noite aqui em BH, e eu realmente não posso me dar ao luxo de ficar sem treinar. Não a três meses da corrida mais importante da minha vida.

Mas não é também sobre os treinos na academia que eu vim falar hoje.
O bom da vida é correr ao ar livre, acenar para os corredores que passam e curtir o visual. Assim, no sábado de manhã saímos eu, minha esposa e meu filho (a filha adolescente anda lendo "A bela adormecida", e só acorda depois do meio-dia) para a orla da Pampulha. Eu fiz um treino curto de 6km, enquanto mãe e filho alternaram corrida e caminhada, percorrendo um total de 4km.

Depois do treino, a Eneida resolveu fazer salmão grelhado para o almoço e o gran-chef aqui ajudou fazendo o molho de maracujá. Putz, ficou maravilhoso! (menos a parte do molho, que ficou meio amargo. Felizmente eu tinha backup: uma espécie de molho-reserva de limão. Este sim, ficou bom!).
À tarde fomos pela primeira vez a um lugar que só serve milk-shake. O slogan dos caras é que eles têm mais de 200 sabores! Meus cunhados foram com as respectivas esposas e filhos e o lanche foi bem divertido. Como cada um escolheu um sabor diferente, a coisa toda virou uma grande sessão de cachimbo da paz, com os milk-shakes passando de mão em mão.

De lá, seguimos para o parque de diversões. Sendo eu um macaco velho, calejado pelos apertos que passei com as crianças nas montanhas-russas da Eurodisney, fiquei quietinho no chão, só assistindo e agradecendo a Deus por não estar nem na roda gigante, nem em nenhum aparelho de tortura instalado a mais de meio metro do chão. Há um brinquedo entretanto, que eu adoro: acho que o nome é lagarta, (ou grande minhoca, ou centopéia, ou metrô-do-futuro, lombriga gosmenta, ou algo assim). Naquela hora eu fiz pose de destemido e fui com a Eneida e as crianças. Muito legal!
E assim terminou o sábado.

O dia de hoje começou antes mesmo de eu acordar. Era madrugada quando tive um pesadelo terrível (é tão raro isto me acontecer que nem me lembro da última vez), onde estávamos todos no Rio de Janeiro. Era madrugada e estava tudo escuro. Ao me despedir da família para pegar o ônibus para a largada da maratona, eu peguei o celular, dinheiro, número do peito e uma pulseirinha que identificava os corredores. coloquei tudo numa sacola e deixei com o Rafael. Só depois que saí em direção ao ônibus é que percebi que eu precisava da pulseira e do nro de peito para entrar no ônibus!
Foi tão ruim! Eu tentava correr de volta, mas não os encontrava mais. Havia uma multidão... Tudo muito escuro.
Eu pensei nos meus amigos que estariam na largada, pensei no quanto eu gostaria de estar lá também. Pensei no quão duro eu dei para chegar ali, e tinha jogado tudo fora.
Acordei assustado e gritei a Eneida (ato desnecessário, posto que ela estava dormindo... BEM DO MEU LADO!!! De forma que, gritar no ouvido da moça não foi nada elegante... Mas é como diz o velho ditado: "Casou agora aguenta!").

A parte boa do sonho foi que fiquei desperto e me levantei cedo para correr. Fiz 20 quilômetros e, diferentemente da semana passada, o treino foi bem legal. Corri sem música porque logo no primeiro km a bateria do iPod acabou, mas mesmo assim foi legal.  Por estar sem os fones de ouvido, eu pude ouvir a buzina do carro do Carlos quando ele passou por mim com sua família no km 12. Eles passaram acenando e fazendo festa! O Tiago ficou um tempão dando tchau com a mãozinha...
Terminei o treino como um frango assado, tamanho o calor. Mas foi muito bom.
Eu quero encerrar este post com o depoimento daquele que, ao que tudo indica, deverá ser conhecido num futuro próximo como grande blogueiro e corredor: o Rafael!
Pedi ao El que fizesse um texto dizendo como foi correr com a mãe dele. Segue abaixo o relato (um tanto resumido) do rapaz. Como você perceberá, Rafael já descobriu desde cedo, aquilo que seu pai ainda não aprendeu: "Textos curtos no blog!" :)

 Eu,Rafael tentei correr igual meu pai,no começo achei que não ia gostar,mas,quando corri pela primeira vez achei bem legal !
 Fiquei cansado,mas continuei correndo então quando deu 5minutos parei de correr e comecei a andar.
 No fim eu corri 4km com minha mãe ,pois não consigo acompanhar meu pai.

Não é fofo esse menino?!?!?!

domingo, 18 de março de 2012

O pior treino


Dezoito de Março de 2012 não é um dia para ser lembrado. Não por mim. Eu consegui fazer minha pior corrida, o pior treino desde que conheci o esporte.
A coisa já acabou e estou aqui, deitado na cama, escrevendo e pensando sobre o que deu errado esta manhã.

A semana passada havia sido especialmente difícil: a greve dos ônibus deixou o trânsito caótico; consegui discutir com meu patrão - algo muito, muito raro (e muito perigoso, já que ele é o meu PATRÃO!); meu cronograma de trabalho ficou igual a uma peneira, de tão furado. Estourei todos os prazos e não fiz nada direito; na construtora, descobri por acaso que a empresa que ia me vender o granito estava temtamdp superfaturar (não no preço, pq seria óbvio. Mas eles bolaram um esquema que quase nos passou a perna. MUNDO CÃO!); na quinta, recebi uma ligação da seguradora, dizendo que meu antigo carro sofreu perda total. Para fechar a semana com chave de ouro, recebi na tarde de sexta uma ligação que vai mudar minha vida para sempre. PARA PIOR.
Tudo ficou mais complicado porque choveu TODAS AS NOITES da semana e eu não consegui correr para poder aliviar o stress. Eu até tentei: na terça, liguei para minha mãe e pedi para usar a esteira do meu pai, mas não deu certo porque a lona ficou deslizando com meu peso. Felizmente aquela noite não foi de todo perdida, pq minha mãe fez um lanche ÓTIMO pra mim! Valeu Mãe!).
O sábado amanheceu com chuva e, como eu já estava puto da vida com todos os acontecimentos, além de não ter dormido nada, resolvi voltar pra cama.

De forma que, quando o dia de hoje amanheceu, eu só queira largar tudo e sair pra correr. Foi o que eu fiz.
O tempo estava nublado, ótimo portanto para correr. Fiz uma micro sessão de alongamentos, liguei o iPod e parti para 18km de paz.
Mas você sabe como é, caro leitor. Você sai dos problemas, mas os problemas não saem de você. Eu não conseguia parar de pensar no que fazer da minha vida, e - sem perceber - comecei a corrida num ritmo muito mais forte do que costumo correr. Só dei conta disto depois de passar pelo terceiro quilômetro, quando percebi que a respiração estava muito ofegante. Olhei pro relógio e vi que meus batimentos estavam a 95% do máximo.
Diminui a velocidade, enquanto ia aumentando o volume da música. Mas não adiantou nada. No sexto km meu coração ainda batia a 85% máx, e achei melhor parar e beber um pouco d'água. Este foi outro erro. Peguei a água e fiquei parado por uns bons 5 minutos. Eu deveria ter caminhado, mas estava muito chateado com tudo que estava acontecendo e com a besteira que fiz no começo do treino. Finalmente tomei coragem e voltei a correr.
Mas a coisa não melhorou. Eu me senti tão cansado que, depois de mais 4km tive que parar de novo. Comprei um gatorade e me sentei num banco pra tentar relaxar. O batimento havia baixado para 75%. Não sei quanto tempo fiquei lá, mas levantar do banco foi a coisa mais heróica que já fiz na vida!
No décimo segundo quilômetro eu já nem me agüentava mais em pé, quando um casal passou correndo por mim, a mulher por um lado e o marido (ao menos eu acho que era marido dela) pelo outro. Eles já estavam uns 50 metros à minha frente quando tive a ideia de segui-los. Apertei o passo e consegui alcançá-los. Corri com eles por dois quilômetros, ora eles me ultrapassando, ora eu os ultrapassando novamente. Até que, em uma ultrapassagem eles ficaram pra trás. Talvez tenham terminado seu percurso, mas o certo é que prossegui sozinho. E exausto.
Não conseguia correr a mais de 7min/km, e mesmo assim com muito sofrimento.
Faltando quatro km para completar a volta, encontrei com meu cunhado Tito, passeando de bicicleta com sua filha mais nova. Parei um minuto para cumprimentá-los, trocamos umas poucas palavras e voltei a correr.
Lembrei do meu filho, que me perguntou se eu ia andar de bicicleta com ele hoje... A tristeza e o cansaço voltaram com muita força, e tive que reunir o pouco de coragem que sobrava dentro de mim pra terminar o treino. Cheguei literalmente chorando de tristeza, dor ou raiva. MAS EU CHEGUEI.
Demorei 2 horas e 10 minutos pra completar a volta, e isto considerando que desliguei o cronômetro em todas as paradas.
Após completar a volta, caminhei 200 metros e desmontei num banco da praça. Só ai percebi que eu havia machucado o tornozelo de tanto ficar raspando a sola do tênis do outro pé. Isto já aconteceu comigo na meia-maratona do ano passado. Não dói, mas demora décadas pra sarar.
É, meu caro leitor, a coisa não tá fácil não. Felizmente, eu e meu sócio decidimos que só vamos começar a nova obra depois que o prédio atual estiver pronto. Vamos ter um "prejú" porque os lotes custaram caro e o projeto já está pronto. Quanto mais demorarmos para construir, mais dinheiro perderemos. Mas estou realmente exausto, e que se dane o dinheiro. Depois a gente ganha mais.              Ou não!
Coincidentemente, a obra atual deverá ficar pronta no final de junho, praticamente na mesma data da maratona do Rio. É, em muitos sentidos, o fim do caminho. Eu fico pensando que, com a maratona, a minha correria vai terminar. O Rio será a linha de chegada. Sinto como se já estivesse nos quilômetros finais. Mas estou fraquejando. Não sei se juntar o pouco de energia que ainda está dentro de mim será suficiente para cruzar a faixa e pegar a medalha. Mas, como diz o Marcelo da Ludmila: "eu tô fedendo, mas ainda não tô morto não!". Só sei de uma coisa: se eu conseguir chegar lá, se terminar o prédio, fechar o projeto de São Paulo e concluir os 42kms da maratona, eu vou me dar um presente: vou viajar pro Pantanal, pro Alasca, Patagônia ou pra qualquer lugar onde não haja shopping nem celular e ficar sozinho lá. Só euzinho. Ninguém mais. Uma semana, dez dias. Sei lá.
Se eu terminar.
Só se eu terminar.

É Nóis.

Ái que Mer$#!da!!! Eu já estava publicando este texto quando vi um SMS no telefone do serviço. Parou tudo lá na Fábrica e tenho que perder o que restou do domingo e ir lá pra ver o que houve.
Ontem o Carlos me mostrou um video no Youtube que dizia toda a verdade sobre a vida: Não há nada tão ruim que não possa ficar ainda pior. Ô vida!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Na terra dos Samurais


Caro Leitor,
Se você gosta de corridas de rua, por certo já deve ter ouvido falar no grupo BALEIAS. Se você é corredor, seguramente já cruzou com um de seus membros em algum treino ou corrida. Eles são inconfundíveis por dois motivos: primeiro pelo "Manto Coral", linda camiseta de cor alaranjada que ostentam "com orgulho!", e também pelo sorriso e simpatia com que tratam a todos que os cumprimentam.
Meu exíguo tempo não permite que eu acompanhe o blog Baleias com a freqüência que gostaria, mas tento entrar lá sempre que posso.
Esta semana tive o enorme prazer de ler um dos mais bonitos textos daquele, e de todos os blogs sobre corrida que conheço.
No post, o autor Miguel Delgado descreve a incrível viagem que fez com outros "Baleias" ao Japão, onde correu a Maratona de Tókio.

O relato da viagem já é, por si só, emocionante. Emocionante por conta da narrativa descontraída e muito bem-humorada que Miguel faz. Emocionante pelo modo como ele fala da cidade, como fala das pessoas de lá. Emocionante pela paixão que demonstra ter pelo "mundo que corre" (adoro esta expressão dele!), e pela forma como ele (e os Baleias, em geral) encara o esporte. Para os Baleias não há que se falar em tempo de prova. Não há preocupação chegar em primeiro, em chegar antes do companheiro, nem em fazer este ou aquele tempo. Para os Baleias, o último a chegar é tão importante quanto o primeiro. E a festa que a torcida Baleias faz para um (eu já vi isto!) é igual, se não maior, que a que faz para o outro. Correr para eles é mais que esporte. É quase uma filosofia de vida.
Sabe, cada autor descreve o mundo da forma que o enxerga, e isto diz muito sobre a personalidade de Miguel Delgado. Ele relata um pais lindo, com pessoas gentis, agradáveis e atenciosas. Se ele o faz desta forma, é porque é assim que vê o mundo: com otimismo, com bom humor, com empatia. Até a espera pela conexão ele consegue relatar de forma bem-humorada!
Mas o que tornou o texto especialmente emocionante, ao menos para mim, está em seu último parágrafo, na forma como Miguel conclui o post:
"Quem tiver com problemas de autoestima marque umas férias no Japão que voltará melhor. Eles te celebram e valorizam só por você estar lá.".

Fiquei tão emocionado com a leitura, que tomei a liberdade de escrever aqui estas linhas, sem ao menos consultar o autor (o que não faria lá muita diferença, posto que o blog Baleias tem zilhões de leitores, e Miguel não tem tempo para se preocupar com o que um fã anônimo escreve dele). Mas o fiz com a melhor das intenções, no intuito único de compartilhar com você, caro amigo, esta experiência fantástica. Se tiver tempo, entre lá e leia o post. Vale MUUUUITO a pena!
O endereço do Blog Baleias é http://baleias-corridaderua.blogspot.com/
e o post a que me refiro é intitulado
"MARATONA DE TÓQUIO 2012 - BALEIAS - A SOMBRA DO SAMURAI!!"

Que brilhe a sua Luz!

terça-feira, 13 de março de 2012

Correndo em família


Acho que desta vez eu bati o recorde. 16 dias sem escrever nada, sem mandar notícias, sem dizer uma palavrinha sequer para meu amigo leitor que tanto tem me apoiado nesta jornada rumo à primeira maratona.
Me perdoe, leitor. Mas o bicho tá pegando pro meu lado. E tá pegando com as duas mãos!
Depois de passar o carnaval de molho por conta do acidente de que fui vítima, tive que voltar a correr aos poucos. Primeiro por ter ficado parado dez dias, e também pelo temor de que alguma coisa mais séria pudesse acontecer no joelho que foi machucado.
Graças a Deus não houve dano algum.
Nos outros lados da vida entretanto, a coisa não está assim tão tranquila. Na semana passada houve um seminário aqui na empresa com a presença de gerentes de unidades de outros Estados. Participei de algumas palestras como ouvinte e fui convocado a dar também a minha própria, falando sobre a nova ferramenta de TI desenvolvida para controlar margens brutas (base de cálculo para rentabilidade) das unidades.
Eu mesmo desenvolvi a ferramenta e - modéstia às favas, até que ficou muito boa (acho que já lhe falei das minhas três principais qualidades, né? A BELEZA ÍMPAR; A INTELIGÊNCIA SUPREMA, e - acima de tudo - a... MODÉSTIA!!! ). Mas apresentar a coisa para trinta pessoas que não tiram o olho de você... não foi fácil.
Houve uma parte engraçada: em um determinado momento, meu colega Marcelo foi até o auditório levando um iPad para demonstrar não-sei-o-quê. Estávamos no final da apresentação do novo modelo de etiquetamento, e eis que a turma começa a aplaudir. Não sou nada tímido, mas a situação foi tão inesperada que eu me encolhi e fui andando para trás de onde o Marcelo estava, como que tentando me esconder. Ele percebeu e, pra não ficar sozinho lá na frente, deu dois passos pro lado e falou: "Pô, num vem não!". Foi desconcertante!
Como acontece em toda implantação, meu (pouco) tempo livre simplesmente sumiu. Desde que estes gerentes voltaram para seus lugares de origem, passei a receber uma enxurrada de ligações e e-mails com dúvidas etc.
Na construtora tudo está indo bem. Já na consultoria, tive que viajar outra vez a São Paulo no sábado. À tarde um temporal desabou sobre a cidade e o aeroporto chegou a fechar. Felizmente consegui voltar para casa no horário. Êta correria!

No lado pessoal da vida deste aspirante a maratonista, a coisa não está mais calma. Minha filhota, que está no último ano do científ... não! do "ensino médio", decidiu fazer cursinho pré-vestibular. Como pai zeloso que sou, apoiei irrestritamente a menina! Atitude bonita e louvável, né?!!! Mas o que eu não sabia é que a minha parte iria um pouco além do apoio moral... Ela já estuda de manhã e à tarde, de forma que o tal cursinho tem que ser feito à noite (tá começando a puxar o pai! Se continuar assim, você vai ficar sem tempo pra nada, filha...). A mãe a está levando, e adivinhe quem busca?? hein? hein? hein?
Acertou! Aliás, vou ter que interromper aqui. São 22:09 e ela sai as 22:40. É melhor eu andar logo e tratar de botar meu carrão novo na chuva.

Só agora (14:10hs do dia 13) voltei a escrever, o que aumenta meu recorde para 17 dias sem publicar nada! Droga!

Mas como o blog é sobre corrida, quero dizer que consegui fazer dois treinos curtos durante a semana passada e mais um no último domingo, quando corri pela orla da Pampulha. Mas este foi diferente!
É que, pela primeira vez na história da família, meu filho e minha esposa foram também! Partimos do PIC e seguimos em direção à barragem. Mãe e filho percorreram 4km alternando corrida e caminhada. Eu fiz 10km e os encontrei no ponto de onde partimos. Numa tentativa de homenagear a mãe do menino, cujo nome trago gravado no peito, resolvi inovar e - no último km - corri sem camisa.
A idéia não deu muito certo porque, além dela não perceber (aliás, por que perceberia? ela nunca correu comigo! Não tinha mesmo como saber que eu nunca corro sem camisa! BurrO!!) eu ainda fiquei todo ardendo e com a pele da cor de camarão.
Depois do passeio, fomos almoçar com o Carlos, a Fernanda e o Tiago. Conseguimos uma mesa embaixo das árvores, estava ótimo! Falamos muito sobre corrida e eu levei um puxão de orelha do Carlos, que reclamou por eu não estar atualizando o blog. Na saída, fui conhecer o novo carro da Fernanda (Lindíssimo Nanda! Parabéns!).
E este foi o domingo. Ontem não deu pra correr por causa da chuva forte, mas hoje eu vou! De qualquer jeito!

Para terminar, uma reclamação: atenção homens casados, o Carlos está inflacionando muito o mercado!!!
Carlos, meu filho! Nós os maridos, damos usualmente perfumes, botas e flores de presente para nossas respectivas esposas. Tem sido assim ao longo dos séculos e séculos. É uma tradição que precisa ser mantida: nós damos perfume e ganhamos lenço. Nós damos flores e ganhamos meias.
Quando você inova e dá UM CARRO NOVO pra sua mulher, você está complicando a minha vida; a vida do Marcelo da Lud; e talvez também a de muitos outros maridos cujas esposas venham a ler este blog!!! :)
(Brincadeira Carlos! A Nanda é ótima pessoa e seu gesto foi muito legal!)